P A R
A A L F R E D,
Q U E R O DI Z E R... A L B E R T (O)
Anita Zippin
Era uma bela tarde de Interlúdio.
Veio você com aquela Vertigem.
Bom que não foi Um Corpo que Cai.
De sua parte, pode ser Psicose.
Não viu no céu Os Pássaros.
Parece que tinha um Pacto Sinistro.
E daquela Janela Indiscreta
Nem notou a Cortina Rasgada.
Foi numa bela tarde de sol que colegas da Academia de Letras
José de Alencar se reuniram no
Studio ALJA para um encontro informal.
Tanto para rir, tanto para contar.
Projetos mil, muito a realizar.
Mas vai que não dá tempo nesta vida.
Assim, vamos colocar os novos para adquirir nossa
experiência e continuarem o bom trabalho
deste adolescente de 18 anos.
Ah! Perdão! 81 anos. Sim, entidade cultural fundada há 81
anos.
Mas sempre tão leve, produtiva e repleta de amizade que
parece adolescentes a se preparem
para levar as namoradas ao cinema.
Ou ao Piquenique Cultural, como batizamos nossas reuniões
mensais.
O momento foi de reflexão, de apreciar Curitiba das alturas.
De um lado, a Catedral Metropolitana a nos abençoar,
independente da religião. Energia,
energia!
De outro, a Universidade Federal do Paraná, onde muitos de
nós, inclusive esta, aprendemos
muito mais do que o Direito preconiza através dos eternos
mestres, alguns até imortais.
Aprendemos a conviver em sociedade e sorver cada minuto.
Não como se fosse o último, mas como se fosse o mais
gostoso!
Bem, estávamos lá nas alturas. Eu a pensar também no Empire
States e melhor filme do
mundo para esta amante da Sétima Arte.
Sim, Gary Grant e Debora Kerr em Tarde Demais Para
Esquecer. Ao som da melhor trilha
sonora cantada por
Vic Damone. Se recordo detalhes, com certeza, meu coração
dispara ao relembrar, lá no alto de New York. Quero dizer,
de minha amada Curitiba.
Foi quando Alberto Vellozo falou em Vertigem, ele a
olhar daquele belo terraço com grades
altas para ninguém pensar ser um pássaro sem ninho, tudo
belo trabalho de nosso colega Queiroz a nos ceder Shangrilá.
Eu a brincar, lembrei do diretor de cinema Alfred Joseph
Hitchock e completei:
- Ainda bem que não é Um Corpo que Cai !
Mais um bom instante entre os colegas que muito apreciaram.
E foi risada para todos os lados.
A tarde foi de planos, projetos, conversas, preparativos
para a próxima reunião.
E a mente nos
presenteia com inspiração. Assim, quase um dia depois, sem pesquisar, vieram
outros filmes me fazer companhia. Adorei serem todos do
mesmo diretor, e senti que
deveria contar aos que lá estiveram na Vertigem do
Alberto.
Assim, para completar o bom momento, ouso homenagear Alfred,
aquele que aparecia em
todos os seus filmes, de relance. A gente ficava a procurar.
Ah! Entrou no táxi. Sim, ele estava no elevador, etc.
E vieram estes títulos, que serviram para iniciar meu
diálogo com bons colegas e amigos deste
outono da vida bem vivida.
Agradeço todos, um por um a seu modo, encantadores, que
ousam contar e ouvir histórias,
muitas vezes repetidas, mas ótimas.
Que possamos mais e mais levar a vida leve, sem que a vida
nos leve sem que aproveitemos as
boas companhias.
Desde logo, a todos os presentes neste texto, belo caminho
pela trilha da Esperança, com
muitas noites de luar.
Assim, quero todos felizes, alegres, deixando Deu a Louca
no Mundo parado por algum tempo.
Se vamos estar Longe deste Insensato Mundo e vermos
tudo uma Doce Vida? Sim, talvez.
Importante é entrarmos no mundo mágico quase de Oz,
vermos que Nasce uma Estrela e, no
Suplício de Uma Saudade, desejarmos Tudo Bem,
no Ano Que Vem.
É Tarde Demais para Esquecer a bela reunião de Gente
que Gosta da Gente.
(Anita Zippin, advogada, jornalista, escritora,
presidente da Academia de Letras José de Alencar e membro do Observatório da
Cultura do Paraná)
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