CADA ROTINA, OUTRA ROTINA
Jorge Porto, 09/07/2023.
Ao romper da aurora, inicia a jornada,
Mas o Sol não desponta em seu esplendor,
A neblina envolve a paisagem alada,
E o dia se inicia em um véu de torpor.
Pessoas vagueiam em seu caminhar,
E a observação mais evidente,
São carros imóveis... Sem se movimentar,
Com alguém solitário, em espera constante.
Fluxos e refluxos se entrelaçam em ritmo lento,
Acelera-se brevemente, tentando avançar,
Porém o fluxo persiste, arrastado no tempo,
E logo em seguida, volta a estagnar.
Entre esses movimentos que se repetem,
Na contínua lentidão que se estende,
Entre rotinas que se formam e nos consomem,
As horas passam e os dias se desprendem.
Cada rotina, outra rotina é construída,
Semi-prisionados, o destino nos guia, o tempo nos conduz,
Rotinas repetidas, nossa sina compartilhada,
Num ciclo incansável, onde tudo se traduz.
Comentários
Postar um comentário