iNVERNO

 

Inverno
Dias quase sombrios, noites quietas e frias,
árvores peladas e canto de pássaros assustados,
ônibus lotados de gente calada,
e carros que passam com almas vazias...
Chuva que cai, constante, escorre pela rua,
e só se ouve o barulho encharcado de pneus,
e sapatos baratos que escorregam nas calçadas,
entre olhos que buscam um céu sem nuvens, sem lua.
No peito uma tosse esconde uma dor,
daquelas que chegam sem querer ou um oi,
se aninham e ficam grudadas na pele,
até que sejam varridas com um sopro de amor.
Enquanto isso a noite chega mais cedo,
escorrega por dentro das portas,
insiste no escuro, aposta nos fracos,
desiste, quando encontra uma mente sem medo.
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