Viver é complexo, uma sucessão de desafio. podemos existir
durante muito tempo assim como sobreviver por muito pouco tempo.
Fico imaginando, por exemplo, a história possível de
Matusalém[1].
Terá morrido de tédio? era vegano? bem foi uma época sem poluentes violentos...
Alegria e consciência tranquila são vitaminas para a vida
feliz [2].
A felicidade[3]
tem propostas de grandes pensadores [4]
assim como a partir de especialistas dedicados ao assunto. O que não faz
sentido é amar a infelicidade.
O aprendizado para a felicidade começa ao nascer [5].
A responsabilidade dos pais e familiares é imensa. crescemos e alternamos
sucessos com insucessos, alegrias e tristezas, saúde e doenças... e
envelhecemos, amadurecemos [6].
A felicidade depende de nossa voluntariedade [7],
disposição para estudar, brincar, viver cultivando o que está ao nosso alcance
ou até a distâncias incríveis, as estrelas que enfeitam as noites limpas e sem
Lua.
Fiz jardins, cultivei flores, fui aquarista, leitor
insaciável, diletante de esportes, membro de grupos de amigos, praticante perna
de pau de futebol, ciclista, colecionador de qualquer coisa, voluntário em
ações sociais, apaixonado por música clássica ligeira e technomusics, fã de
minha família etc., enfim, nunca parei exceto agora quando, depois de avaliar
minhas limitações, decidi escrever livros.
Quando passo em torno do Cemitério da Água verde em Curitiba,
sempre olho com satisfação por uma grafitagem que mostra moças dançando e a
frase “o que espera para ser feliz?”.
Leio, vejo (filmes e documentários), estudo História da
Humanidade. O que me surpreende é a alegria dos soldados voltando das guerras,
as festas judaicas apesar do Holocausto [8],
o renascimento jovial de nações que sofreram muito.
tudo na vida tem limites. a tristeza também.
Todo ser humano tem direito a ser feliz [9],
mas também o dever de saber ser feliz.
Com certeza vivemos sob uma escala de prioridades[10].
satisfazer essa hierarquia domina a nossa vida. em cada etapa conquistamos mais
e mais condições de ser feliz, mas quem não atinge o topo poderá viver sua
alegria irrestritamente, como podemos ver em desfiles e festas de carnaval no
Brasil [11].
O Poder da alegria[12]
é contaminante e desopilante.
[1]
27E foram todos os dias de Matusalém novecentos e sessenta e nove anos, e
morreu. 28E viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho,
de Almeida, João Ferreira. Bíblia Sagrada (p. 11).
Edição do Kindle.
[2] A
VIDA SAO DOIS DIAS Dez segredos que o ajudarão a viver melhor e a prevenir a
depressão Aproveite a vida e aprenda a ser feliz. Introdução Acordar todos os dias de manha e pensar que a
vida não faz sentido é o pensamento de milhares de pessoas neste mundo, há
aqueles dias péssimos em que acordamos e nem nos apetece sair da cama,
começamos logo a imaginar como vai ser o nosso dia e não nos agrada nada.
Muitas vezes estamos em baixo e por muitos amigos que tenhamos e muito
familiares que nos queiram apoiar, nós nos sentimos sempre sozinhos, andamos
sempre a chorar sem motivos e a querer ficar por ai num canto isolados. Estes
são alguns dos sintomas da depressão, que é uma doença que afecta 20% da
população portuguesa, e principalmente as mulheres, mas infelizmente muitos nem
sabem bem identificar os sintomas e por isso vão ao médico já quando a doença
está num estado muito avançado. Uma depressão que anda muito tempo sem ser
curada traz mazelas muito grandes para o resto das nossas vidas e o pior é que
a maior parte nem se dá de conta que a tem.
Cardoso, M.B.. Aprenda a ser feliz . Unknown. Edição
do Kindle.
[3] a
importância da IE na qualidade dos relacionamentos de forma assertiva e
positiva com as pessoas, na capacidade de manter-se motivado mesmo nas
adversidades e manter-se persistente na busca dos objetivos. Isso é fruto da
maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as emoções daqueles que
estão ao seu redor. Nas últimas décadas, a definição do que significa ser
inteligente vem sendo repensada. Segundo os pressupostos teóricos que serão
abordados no capítulo dois, o desempenho humano (pessoal e profissional) é
determinado não apenas pelo QI, mas principalmente pela IE. A IE não é
genética, mas consiste em habilidades que podem ser aprendidas no decorrer da
vida, através de treino e esforço. Mas faz-se necessário que se identifique
exatamente o que se pretende alcançar, ou seja, qual habilidade da competência
emocional requer treinamento e desenvolvimento. Propõe-se então a utilização de
um modelo, o qual será útil na identificação dessas habilidades que se deseja
treinar/desenvolver, para se obter um melhor desempenho de vida, tanto pessoal,
quanto profissional.
LAMEIRA, PAULO. O Papel da Inteligência Emocional na
Liderança: A Competência Emocional do Líder como Diferencial de Sucesso .
Edição do Kindle.
[4] A
TAC propõe uma construção da identidade ampliada. Além dos critérios morais,
temos a felicidade e o bem viver. Apresenta um mundo diferente daquele pensado
por Kant, rígido, formal e categórico. O sucesso de uma vida não se avalia, somente,
por medidas de correções normativas. A passagem do sagrado para a comunicação
contempla o indivíduo e a vida em sociedade, onde há a conexão das três esferas
do Mundo da Vida: mundo social, mundo objetivo e mundo subjetivo. Estes mundos
irão constituir a individualidade, a solidariedade e as interações dos
sujeitos. Na segunda síntese da TAC, denominada “Segunda consideração
intermediária: mundo da vida e sistema”, propõem-se a passagem do paradigma do
agir teleológico para o agir comunicativo. Esta mudança de paradigma nos
interstícios da teoria da ação resulta de um aprofundamento da razão
instrumental e a relação, que será esclarecida no próximo capítulo, entre a
teoria dos sistemas e a teoria da ação. Habermas propõe essa relação por
entender que houve um colapso na dialética idealista. Parte do que será
desenvolvido na segunda consideração intermediária é aprofundar a problemática
da reificação. Para Habermas, essa categoria se configura como uma recepção
marxista da tese weberiana sobre a racionalidade.
Bettine, Marco. A Teoria do Agir Comunicativo de
Jürgen Habermas: bases conceituais (pp. 87-88). Edição do Kindle.
[5] A
infância é uma fase muito delicada e preciosa. Época de formação, crescimento e
desenvolvimento psíquico, entre outros, em que todas as experiências
vivenciadas têm potencialidade para deixar marcas perpétuas, de forma positiva
ou negativa. Em fase de descoberta, exploração e entendimento do mundo, a
criança precisa sempre se sentir amparada pelas pessoas que as cercam, sendo os
pais, ou as pessoas que exercem a maternagem, de extrema importância e
influência em todos os momentos da infância e adolescência. É certo que, após o
nascimento, a criação de um vínculo forte e verdadeiro entre a mãe e o bebê é
tão necessário quanto fundamental para o desenvolvimento psíquico saudável da
criança. No entanto, essa relação fusionada, ao contrário do que possa parecer,
não acontece de modo automático, dependendo, portanto, de uma construção entre
ambos. Ser pai ou mãe, simplesmente, não é condição intrínseca para o
surgimento, desenvolvimento e manutenção do amor incondicional. É preciso que
cada pai e cada mãe, biológicos ou não, verdadeiramente passem a adotar seu
filho de corpo e alma, para permitirem o desenvolvimento das relações amorosas
entre eles no pequeno núcleo familiar. Por outro lado, a simples existência do
amor dos pais não se mostra suficiente para uma criança se sentir confiante e
amparada por esse afeto. Um desenvolvimento saudável pressupõe a crença real da
criança nesse amor, considerando a realidade psíquica de cada ser. Portanto,
não basta amar a criança: é preciso que ela também se sinta genuinamente amada
e amparada. O tema trazido neste precioso livro por Giorgia
Matos, Giorgia. Carência Afetiva Infantil: A síndrome
do abandono vivida por crianças e adolescentes e as consequências para a vida
adulta . Fontenele Publicações. Edição do Kindle.
[6]
Quando pensamos que amadurecer é um processo linear é porque partimos da ideia
de que a personalidade é uma dimensão sólida e passiva, como um castelo no qual
só acrescentamos andares. Porém, se pensar que a personalidade é um conjunto de
identidades mutáveis para lidar com o mundo, você verá que o amadurecimento
acontece em ciclos de idas e vindas, de transpor e incluir camadas anteriores.
Fica bem fácil entender isso na adolescência, quando tudo aquilo que aprendemos
na infância é questionado, rechaçado e até hostilizado, e anos depois acabamos
reincorporando o que foi rejeitado.
Mattos, Frederico. Maturidade emocional (pp. 184-185).
Paidós. Edição do Kindle.
[7]
Arranje um hobbie Ter um hobbie
significa ter um passatempo que realmente gosta e que nos dê prazer a realizar.
Estas actividades ajudam a desligar-se um pouco do
quotidiano e da vida adulta, diga-mos assim, e para além disso nos ajuda a
preparar e a renovar energias para enfrentar as nossas obrigações diárias.
Comece por escolher uma actividade que lhe proporcione
relaxamento e alegria, basta umas horas por semana para que fique muito mais
bem-disposto, e muito importante, deve-se ocupar os tempos livres com algo que
se goste.
Ter um hobbie exige alguma dedicação, por isso talvez
não seja bom ter muitos para não causar frustração. Escolha uma ocupação que
lhe agrade ou que há muito tempo gostaria de fazer, pois agora é a altura certa
para começar. A seguir faça uma pesquisa na Net ou fale com alguém que conheça
e que esteja dentro do assunto.
Pode ser um desporto, um jogo, artesanato, jardinagem,
fotografia, pintura, culinária, arranjos florais, costura ou até tocar um
instrumento. Pode-se fazer colecções por exemplo de insectos, miniaturas,
selos, moedas, caricas, etc.
Plantar sementes, tratar das flores ou fazer alguns
trabalhos artesanais também são muito gratificantes e os resultados são
magníficos.
Ou então, faça uma sessão cinema
Cardoso, M.B.. Aprenda a ser feliz . Unknown. Edição
do Kindle.
[8]
desapareceriam na poeira da história. Infelizmente os que assim pensavam
estavam enganados. O declínio do espírito religioso, constante ao longo do
século XIX e do XX, foi preenchido por uma nova e perigosa ideologia resultante
do encontro do Nacionalismo com o Racismo do homem branco europeu. A partir da
segunda metade do século XIX deu-se então uma transmutação, fruto, por igual,
do avanço das ciências positivas. O antiquíssimo antijudaísmo de origem
religiosa (judeus odiados por desprezarem ou traírem Cristo) deu lugar ao
moderno antissemitismo (o judeu como uma ameaça à pátria e, simultaneamente, à
raça ariana).
Schilling, Voltaire. Holocausto - Das origens do povo
judeu ao genocídio nazista (p. 8). AGE. Edição do Kindle.
[9]
Estados Unidos, em 1776, e a Revolução Francesa, de 1789. Ao se separar da
monarquista e conservadora Inglaterra, os americanos criaram a primeira
democracia republicana da história moderna. Redigida pelo advogado, fazendeiro
e futuro presidente Thomas Jefferson, a Declaração de Independência Americana
anunciava que “todos os homens nascem iguais” e com alguns direitos inalienáveis,
incluindo a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
Gomes, Laurentino. Escravidão – Volume II: Da corrida
do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil (p. 296).
Globo Livros. Edição do Kindle.
[10]
físicas às emocionais e espirituais. Para Maslow, primeiramente as necessidades
fisiológicas (ar, água, alimentos), precisam ser saciadas para então se
procurar suprir outras primordialidades. Se o ambiente for hostil, então é a
vez das necessidades de segurança e abrigo, que, se atendidas, proporcionam
espaço para as necessidades de autoestima, do gregarismo do ego (amor,
atenção). Se uma dessas necessidades não está repleta, há incongruência. Quando
todas estiverem de acordo, abre-se espaço para a autorrealização, a necessidade
de crescimento pessoal e exploração do intelectual da mente, da criatividade,
da inovação, do legado. Nas palavras de Maslow: “[...] à medida que os aspectos
básicos que formam a qualidade de vida são preenchidos, podem deslocar seu
desejo para aspirações cada vez mais elevadas”. O engenheiro e professor
americano Paul Saffo (1954) afirma: “Existe uma hierarquia dos desejos do
consumidor que está se alterando e não será surpresa se as pessoas realizarem
uma remixagem de suas ambições”. Ou seja, transmutando dos conteúdos práticos e
funcionais para o bem-estar, a satisfação pessoal e espiritual.
RUI FAVA. EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI: a era do
indivíduo digital . Saraiva Educação. Edição do Kindle.
[11]
funcionários públicos, brotou uma classe média. Poucas semanas antes, estávamos
a milímetros da morte. Agora já eram as vésperas de 1919. Quem sobreviveu não
perderia por nada aquele Carnaval. “Quem não morreu na Espanhola/ quem dela
pôde escapar/ não dê mais tratos à bola/ toca a rir, toca a brincar./ Vai o prazer
aos confins/ remexe-se a terra inteira/ ao som vivaz dos clarins/ ao ronco do
Zé Pereira./ Há alegrias à ufa/ e em se tocando a brincar/ nem este calor de
estufa/ nos chega a preocupar./ Tenho por cetro um chocalho/ por trono um bombo
de rufo/ o Deus Momo, louco e bufo/ vai começar a reinar.” Esses versos,
assinados por Pierrot (com toda a certeza, o poeta Bastos Tigre), no Correio da
Manhã de 20 de janeiro já refletiam o clima das ruas. O Carnaval de 1919 seria
o da revanche — a grande desforra contra a peste que quase dizimara a cidade.
Castro, Ruy. O carnaval da guerra e da gripe (p. 15).
Companhia das Letras. Edição do Kindle.
[12]
Haverá uma experiência mais desejável que a alegria? Todos nós a queremos
obstinadamente porque já a vivenciamos, mesmo que de maneira fugaz. O amante na
presença do ser amado, o jogador no momento da vitória, o artista diante da sua
criação ou o pesquisador no instante de uma descoberta sentem uma emoção mais
profunda que o prazer, mais concreta que a felicidade, uma emoção que toma todo
o ser e se torna, com suas mil facetas, seu desejo supremo. A alegria traz em
si um poder que nos impulsiona, nos invade, nos faz experimentar a plenitude. A
alegria é uma afirmação da vida. Manifestação da nossa potência vital, ela é o
meio que temos de apalpar a força de existir, de saboreá-la. Nada nos torna
mais vivos que a experiência da alegria. Mas podemos fazê-la emergir? Domá-la?
Cultivá-la? Será que podemos formular hoje uma sabedoria fundamentada no poder
da alegria? Para empreender esta pesquisa,
Lenoir, Frédéric. O poder da alegria (p. 6). Objetiva.
Edição do Kindle.
João Carlos Cascaes
Curitiba, 27 de dezembro de 2021
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