Vão já distantes.


 Vão já distantes.

 

 

Num dia azul, faço voo superior,

vou para o tempo de ficar

no parêntesis do meu interior.

 

Escrevendo no ar para ler

algo que só eu e o mar

podemos entender.

 

Em dia de solidão,

escrevo o ontem nas ondas

e o mar oferece sua vastidão.

 

Ali nascem as poesias,

ali nasce o amanhã

e sigo esperando o brilho dos dias.

 

Ali nasce a  Lua que quando cheia

traz para mim  pessoas que vão indo

já tão distantes a cada dia.

 

Vão pelo caminho

que se afasta e se aproxima

nos raios do lembrar que já estive nesse caminho.

 

 Odilon Reinhardt. 

 

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