Solidão literária.
No deserto pragmático
das frase insensíveis do dia a dia ,
há , enfim, o mundo automático.
Mensagens ficam ao vento,
linhas se reprisam ao vazio,
palavras no relento.
Inexistente eco,
é a solidão literária ,
talvez o pior do oco.
Ideias sem retorno,
entendimentos desconexos,
interlocutores fora do entorno.
Esvaziam-se os humanos,
o diálogo vira monólogo,
foge o debate, some nos enganos.
Solitários escritores
escrevem para si mesmos,
persistência dos pensadores.
Aumenta o deserto,
o vento vai do frio ao vazio,
mas cada pensador tem caminho certo.
Não há como e para quem gritar,
só sabe pensar e escrever,
a solidão é comum nesse caminhar.
Poesias e textos de sua vontade
não se destinam a ninguém
são apenas a expressão de sua liberdade.
Uma curiosidade de entender
a vida ,o mundo, as pessoas,
descobrir-se e fazer o espírito crescer.
Odilon Reinhardt.
Comentários
Postar um comentário