A crônica da semana do Miranda
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*Combo de textos*
Não queria escrever sobre somente um assunto. Neste sentido, procurei uma palavra para agregar diversos textos. Cada um com dois ou até quatro parágrafos. Como é moda no país dos “vira-latas” (como dizia Nelson Rodrigues), usei a palavra “Combo de textos”.
Fui procurar na Internet a origem da palavra “combo”. Uma das explicações diz que “... é uma adaptação da palavra inglesa _*“combination”*_, refere-se a uma oferta ou pacote que combina diferentes produtos ou serviços juntos, com preço mais vantajoso...” E por aí vai. Ora bolas, porque não utilizam PACOTE? Mas eu estou errado também. Por que não intitulei a crônica _*“Pacote de textos”*_. Como diz minha mãe, eu agi da mesma forma como o ditado “o sujo falando do mal lavado”.
Deixemos para trás a estória de combos. Agora me deu uma fome. Um “Pacote de comidas” seria muito bem-vindo, acompanhado, é claro, de um bom vinho.
Não tenho uma biblioteca grandiosa. Existem cerca de mil e quinhentos livros na minha casa. Acumulei muito livro, mas não li nem um terço deles. Assim, basta procurar e deixar-me guiar pela curiosidade, para ler algo que comprei e jamais li. Foi isto que aconteceu. Caiu nos meus olhos o livro _“Meus Amigos”_, do João Saldanha. Acredito que no futebol já li um livro do prefaciador do João – o Ivan Proença. Também li um livro do Nelson Rodrigues. Não era minha leitura preferida, mas admirava o João e o Nelson por suas sacadas e história engraçadas sobre o mundo do futebol.
Sobre _“Meus Amigos”_ li a crônica _“OLÉ OU BICO NA BOLA”_, nas páginas 36 e 37. Segundo Saldanha “... O nome de Olé, como não poderia deixar de ser, começou na cidade do México, no jogo do Botafogo contra o River Plate de Buenos Aires. Toda vez que Garrincha parava na frente de Vairo e, em seguida, dava aquele drible inevitável, a torcida, a uma voz, gritava _Olé_, das touradas...” Neste ponto lembrei que o Fluminense deu um baile e fez um _“Olé”_ fenomenal em 2023, ainda quando tinha John Arias e outros. Embora o Flamengo tenha engolido o Flu nos últimos cinco jogos, o _“Olé”_ de 9 de abril de 2023 foi formidável. Talvez não consiga qualquer um dos dois times repetir este _“Olé”_ em um quinquênio para frente. Mas foi bonito assistir, assim como ver o Garrincha fazer qualquer marcador de Mané, diante dos seus dribles descadeirados.
A última história ou estória – que me importa? – trago conversas acontecidas hoje com o amigo que mora em três cidades: Curitiba, Brasília e o Rio de Janeiro. Hoje acompanhei ele na subida do morro onde tem o Forte de Caxias, no final do Leme. Queria saber qual a altura da escalada do amigo. Ele perguntou aos soldados nas portarias, nas bilheterias, na guarda do patrimônio. Ninguém soube dizer. Tive de procurar na Internet. Queria testar a resistência do Daniel.
Nada disto importa. _“O Rio, continua lindo.”_ Nada conheço dos lugares visitados pelo curitibano. Sei apenas que sempre, ao retornar à cidade onde nasci, sinto aquela emoção do Tom Jobim, que nos presenteou com _“Samba do Avião.”_ Enfim, agora o Sol apareceu e posso dizer _“O Rio é lindo e Curitiba é charmosa”_. Ainda mais quando o frio dá uma trégua e posso sorrir para flores e passarinhos, que vêm me visitar e pedir comidas especiais, com seus pios alegres, anunciando que a Primavera está próxima.
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