Sentindo as entrelinhas.
Palavras que afetam o sentir,
frases que atingem a alma,
sentidos que jamais podem ferir;
escondem-se nas entrelinhas
que só o pensar pode ler
no espaço branco entre as linhas.
Ali nesse espaço, aparece escrito
algo que não se pode expressar,
um camuflado sentimento infinito;
mas ele persiste lá escondido
nas sombras das palavras usadas,
das vírgulas e em cada ponto produzido.
E sempre estará lá nas entrelinhas,
para ser lido pelos olhos da alma,
só visível na luz entre as linhas.
O algo não dito mora assim no sentir,
não conhece o porquê;
só nas entrelinhas pode existir.
A alma se satisfaz assim,
lendo o sentido mais profundo
que vive como ar da flor no jardim.
Para acessar o que há ,
é preciso transcender,
porque muito mora lá.
Alimenta os olhos de quem lê
vive na alma de quem o tem,
existe no interior de quem sente e vê.
Odilon Reinhardt.
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