Como algodão.
Hoje nesta manhã de neblina,
olhei o mundo,
um olhar por cima.
Fui na visão do horizonte,
fui à serra, meio pesado,
ainda cheio das coisas de ontem.
Lá fiquei por instantes,
sempre faço assim, sem sair do lugar,
gosto de lugares distantes.
Quando voltei estava leve,
virei pássaro de dia de sol,
deixo agora que a vida me leve.
Fui como ferro,
voltei como algodão,
não erro.
Sempre olho o céu, hoje o horizonte,
em algum deles me renovo
e esqueço tudo de ontem.
Talvez um dia lá
eu possa alguém encontrar,
só para poder sonhar, será?
Não será ilusão?
Talvez, mas pelo menos hoje
serve para preencher o coração.
Odilon Reinhardt.
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