Boa tarde. Aqui vai a crônica da semana.
Máquina de lavar na sala
por tonicato mir
Curitiba, 24.04.2025.
Eu e a esposa iríamos fazer uma viagem. Antes de sair do apartamento deixamos a chave com um dos filhos e algumas recomendações. O tempo de ausência da cidade seria meio longo. Feitos todos preparativos: viajamos. Após este período, na volta ao lar, algumas coisas não estavam nos seus lugares e algumas coisas quebradas. A pior delas foi a tampa da máquina de lavar.
Durante cerca de oito meses convivemos com a tampa de vidro quebrada em sua dobradiça. Um técnico que nos visitou disse que o conserto para reparar e acertar o funcionamento da tampa, ao mesmo tempo acionar o motor, nos custaria cerca de R$ 900,00. Assim, entendemos que seria mais adequado conviver com o problema mais um tempo, até juntarmos recursos para comprar uma nova máquina de lavar.
Um outro filho, ao passar este mês de abril conosco, resolveu acelerar a troca da máquina. Assim ele a comprou e, em seguida, foi embora para o exterior. Entretanto, chegou o dia da entrega da nova lavadora. O que fazer com a velha máquina? Dias atrás prometemos dá-la para nossa diarista assim que a nova chegasse.
Como a área de serviço está lotada de objetos, não dando espaço para nova lavadora entrar colocamos a velha na sala de estar. Ela virou a rainha do pedaço. Com isto desorganizou ambientes, gerando congestionamentos em alguns locais.
O pior ainda é que há tempo convidei uma amiga para falar algumas coisas, trocar informações. A visita chegou e encontrou a velha máquina de lavar na sala. De início ela nada disse. Mas em um momento perguntou o que fazia aquele objeto na sala. Então resolvi brincar com ela. Falando meio sério, lhe disse:
— Amiga, parece loucura, mas minha vida econômica não está fácil. Resolvi lavar roupa para fora. Como a área de serviço está com minha máquina das roupas de casa trouxe para instalar uma máquina na sala, lavando roupa para os vizinhos.
Então ela me surpreendeu, dizendo:
— Você tem muitos clientes? Que tal lavar a minha roupa também? Quero ser sua cliente.
— Eu estava brincando com você, caríssima amiga.
— Pois eu também, amigo. – disse ela, com a voz sarcástica.
Não sei se a máquina ouviu o que disse, mas ela tinha trabalhado de manhã, antes da entrega da nova máquina, fato que ainda não aconteceu. O fato é que ela fez uns barulhos esquisitos na sala, como se estivesse tremendo, prontamente observados pela visita da amiga.
— “Eu, hem! Será que ela está resmungando por fazermos a troca dela por outra máquina daqui a pouco?” – pensei com meus zíperes.
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