Dias roubados ou dias encantados.
Há entre os dias aqueles que nos são roubados,
terceiros os levam, ou tentam levar,
por seus caminhos tresloucados.
Direta ou indiretamente
somos tragados por eventos
que terceiros geram inteiramente.
Tomados pela compaixão
somos tomados por dias
da resultante comoção.
Esses seres que corroem,
que no seu infortúnio, despreparo, má-sorte,
destino nos envolvem.
A convivência de longe ou de perto,
exige muitos equilíbrio,
pois somos arrastados pelas notícias ruins do desconcerto.
São dias de muita má frequência ,
rotinas interrompidas,
muita dedicação , flexibilidade e renúncia.
Dias de impossível normalização;
é o Próximo e sua presença,
promovendo confusão.
Só resta esperar que esses eventos passem,
que tenhamos boa energia
para esperar que dias normais voltem.
Mas há a recorrente exposição,
notícias daqui e de lá,
a vida segue nesta posição.
Cipoais e redes de notícias,
públicas , particulares , pessoais,
sempre com suas interferências.
Vivemos no caleidoscópio colorido
feito de cacos da vida alheia,
sempre metida em evento dolorido.
Mas poetas têm sua fonte de lição,
sabem registrar em poesia o mundo
onde colocam flores em plena agitação.
E fazem isto sem se balar,
mestres no observar , escrevem ,
poesia para o mundo melhorar.
Odilon Reinhardt.
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